Ao desconcerto do Mundo Os bons vi sempre passar No Mundo graves tormentos; E pera mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só pera mim, Anda o Mundo concertado. Luís de Camões
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Luís
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Soneto de amor total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
(Vinicius de Moraes)
domingo, 24 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Quem sabe então assim...
O nosso amor não vai parar de rolar
De fugir e seguir como um rio
Como uma pedra que divide um rio
Me diga coisas bonitas
O nosso amor não vai olhar para trás
Desencantar, nem ser tema de livro
A vida inteira eu quis um verso simples
P'ra transformar o que eu digo
Desencantar, nem ser tema de livro
A vida inteira eu quis um verso simples
P'ra transformar o que eu digo
Rimas fáceis, calafrios
Fure o dedo, faz um pacto comigo
Num segundo teu no meu
Por um segundo mais feliz
Fure o dedo, faz um pacto comigo
Num segundo teu no meu
Por um segundo mais feliz
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Razão de Ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
(Paulo Leminski)
sRsR
Mineirinho estava sentado à beira de uma estrada, tendo ao lado sua vaca. Passou um ricaço muito do gozador, dirigindo seu carrão. Mineirinho, ao vê-lo passar, pediu carona. O dono do Porsche resolveu parar.
- Dá uma caroninha, moço?
E o ricão:
- Mas, e a vaca?
- Eu amarro ela no pára-choque – respondeu o mineirinho.
- Mas ela não vai aguentar, meu chapa!
- Guenta, sim.
Ta bom. Você manda!
E lá se foram eles, com a vaca amarrada no pára-choque traseiro do carro.
O ricão sai a toda e, quando estava a oitenta por hora, olhou pelo espelho e lá estava a vaca correndo. Não acreditou. Pisou mais e o carro foi a cem. E lá estava a vaca. Ficou cabreiro e acelerou mais o carro, e tome cento e quarenta, e a vaca atrás, firme. Quando chegou a duzentos, ele olhou o espelho e viu que a vaca estava com a língua de fora.
- Parece que sua vaquinha não vai agüentar muito tempo esta corrida, não, meu velho. Já está com a língua de fora.
- Pra que lado está a língua? – perguntou o mineirinho.
- Para a esquerda – respondeu o ricaço.
Então, encosta pra direita, que ela ta é pedindo passagem.
(Ziraldo)
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
" Para Ivan Klima, poucas coisas se parecem tanto com a morte quanto o amor realizado. Cada chegada de um dos dois é sempre única, mas também definitiva: não suporta repetição, não permite recurso nem prorrogação. Deve sustentar-se "por sim mesmo" - e consegue. Cada um deles nasce, ou renasce, no próprio momento em que surge, sempre a partir do nada, da escuridão do não-ser sem passado nem futuro; começa sempre do começo, desnudando o caráter supérfluo das tramas passadas e a utilidade dos enredos futuros."
* Trecho tirado do livro AMOR LIQUIDO, de Zygmunt Bauman
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Filme
IRONIAS DO AMOR
S2
Sinopse:
Charlie Bellow (Jesse Bradford) é uma pessoa realista, que gosta de planejar as coisas antes de realizar algo. Jordan Roark (Elisha Cuthbert) é seu oposto. Logo após se conhecerem, eles se apaixonam. Juntos, enfrentam diversas situações que deveria afastá-los, mas isto não acontece. Com o tempo eles percebem que todos os indícios de que o relacionamento deles não daria certo eram falsos.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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